Por Maramélia Miranda
Parabéns!!!!!!!
Colegas de Joinville, todos vocês, sem citar nominalmente nenhum, para não ser injusta e esquecer alguém… PARABÉNS A TODOS.
Vejam lá, colegas neuros, no artigo publicado na Cerebrovascular Diseases Extra (dezembro de 2013), que está FREE para acesso na Internet, como fazer Neurologia Vascular: organização, trabalho de equipe, registrar os casos, criar seus banco de dados, unir os times, manter a “chama” acesa a todo o tempo, e assim fazer o que há de melhor, dentro de todas as limitações que o sistema de saúde brasileiro tem, e ultrapassar todas estas barreiras para mostrar que podemos, sim, tratar os nossos pacientes como são tratados os casos de AVCi agudo em países mais desenvolvidos.
Apenas quero lembrar de uma coisa: Não estamos falando de São Paulo, Rio, Recife, grandes metrópoles com centros altamente tecnológicos, não estou falando de aparelhos de última geração, muito menos de ressonâncias magnéticas, estudos de perfusão, neuroimagem avançada, NADA DISSO!!!!! Basta ter um centro hospitalar com TC de crânio 24h, ter o trombolítico, ter o médico / neuro para indicar a trombólise, e a equipe para seguir os casos depois (médicos, fisios, TOs, fonos, enfermeiros, estatísticos).
O grupo catarinense prova, mais uma vez, que menos é mais, que o simples, para ser atingido, exige apenas a vontade das pessoas, o trabalho em equipe, o material humano disponível, e a disposição dos coordenadores em manter seu time sempre motivado, manter esta proatividade a longo prazo. “O rTpa é seguro, deve ser oferecido com equidade e todos temos uma curva de aprendizado”, comenta o Prof. Norberto Cabral, um dos autores do estudo populacional.
Joinville, com cerca de 500-600.000 habitantes, com apenas 3 hospitais gerais e dois deles centros dedicados e com expertise em AVC, consegue trombolisar 6% de todos os seus casos de AVCi.
Mais que isso, as taxas de trombólise aumentaram de 1.4 em 2005, para 9.8 (7.3-12.9) por 100.000 habitantes em 2011 (p < 0.0001).
Para os que ainda são céticos e medrosos em relação aos sangramentos, a série catarinense mostrou 6.4% (14/220) de hemorragia intracraniana sintomática.
Boa leitura de Carnaval!!!!
ilana, realmente, as cidades menores são os melhores locais para isso funcionar, pelas distancias mais curtas, possibilidade de controle total dos casos (menos hospitais para monitorar). e agora o SUS paga a medicação. o entrave que pode acontecer é a TC 24h… o que mais teria? temos que ficar tentando. agua mole em pedra dura tanto bate até que fura… abs a todos vcs!
Em ótima hora a publicação desse material! Estou para começar as negociações para implantação do protocolo de atendimento ao AVC hiperagudo na minha cidade, que é no interior, porém com total capacidade para isso e levarei esse artigo como munição! Também tenho uma grande admiração por essa equipe. Foram meus pais na Neurovascular!!!
E parabéns Maramélia, pelo trabalho no site!
Charles, sou suspeita pra falar! Sou super fã deles!!!!!
Que bom que irá mostrar o seu trabalho na aula de amanhã – e como conseguiram aumentar a taxa de trombolises na cidade!!!! Obrigada pelos elogios, fico feliz pelo resultado conseguido, e mais ainda pela sua ilustre audiência ao site!!!!!
Queridos amigos, parabéns pela publicação na CVD. Great achievement!
Dou aula por coincidência amanhã sobre trombólise num curso de aperfeiçoamento aqui da UFRJ, já incorporei slides sobre Joinville !!!!
Grande abraço,
charles
P.S.: Maramélia, vc faz um trabalho muuuuuuito legal, generoso e altruísta, parabéns também