Tenecteplase é seguro como resgate na trombólise endovenosa

Por Leticia Rebello e Maramélia Miranda

Um artigo recém publicado pela revista Stroke levanta uma opção para os pacientes com AVCi agudo e oclusões proximais na artéria cerebral média (ACM), que falham na terapia com rtPA EV.

Os pesquisadores franceses estudaram o uso de tratamento combinado – rTPA EV + tenecteplase EV de resgate, para os casos de oclusões proximais do segmento M1 da ACM. A taxa de recanalização, após uma média de 16 horas de follow-up, foi de 100%, com hemorragia intracraniana ocorrendo em 4 dos 13 pacientes tratados (31%), mas sem nenhum caso sintomático. O Rankin de 0/1 foi atingido em 9 dos 13 casos com terapia combinada (69%), desfecho semelhante ao grupo que teve recanalização com o rTPA EV apenas. Os autores ressaltam o número de casos reduzido, mas alertam para a necessidade de outros estudos, com maior número de pacientes, para avaliar a terapia combinada com o alteplase e o tenecteplase EV no AVCi agudo.

Muito interessante.

Vejam abaixo os resultados, e quem quiser ler o abstract, acessem o site da Stroke AQUI. Caso queiram o artigo na íntegra, mandem-nos o email.


3 thoughts on “Tenecteplase é seguro como resgate na trombólise endovenosa”

  1. Vc poderia me enviar o artigo completo da terapia de resgate do tenecteplase? Achei também muito interessante.
    Muito obrigado e parabéns pela página da ineuro e pela lista de notícias. Todos nós te devemos muito por este trabalho maravilhoso!
    Um grande abraço,

  2. É evidente que as terapias EV são mais fáceis de serem feitas e acredito que estabelecidos os critérios o resgate com outra droga pode ser efetivo. No entanto há algo que sempre me deixa “encucado”. Afinal, mais de 50 % dos embolos são compostos por diferentes componentes (lipídeos, placa, colesterol, endotélio, cálcio, etc), e sabidamente todas essas substâncias degradam apenas alguns desses elementos. Se também é sabido que a reperfusão está diretamente ligada ao bom resultado, um raciocínio lógico se impõe: se utilizarmos diferentes substâncias químicas vamos “destruir” um maior número de substâncias, e a nossa reperfusão melhora, e o nosso resultado também, mas não estamos satisfeitos, algo nos incomoda porque o resultado não é nem perto dos 100%. O que traduz a ineficácia dos diferentes métodos, daí achar que a retirada mecânica do embolo e o restabelecimento precoce da perfusão seja o futuro dessa técnica, O problema é que devemos ter uma logística que atenda da mesma forma que os outros métodos sem aumentar a morbidade, e isso é realmente difícil .

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

@ Copyright 2009-2024 ... iNeuro ... Site de Neurologia ... Responsável técnico: Dra. Maramélia Miranda. Neurologia Clínica. RQE 97.572 - CRM/SP: 88.549.