Níveis muito altos e muito baixos de Vitamina D aumentam mortalidade cardiovascular: Curva J novamente!

Por Maramelia Miranda

Dinamarqueses publicaram no mês passado, online first, no Journal of Clinical Endocrinology and Metabology. Um estudo grande. Mais de 247 mil indivíduos analisados, de centros ambulatoriais da Dinamarca. 100% de follow-up (sistema de saúde local muito organizado, favorecendo o estudo).

Mesma história do álcool.

Só que com o “J” reverso (ou seja, inversamente proporcional ao nível de D).

The-J-Curve_blanksm

 

Recado: Nem tanto, muito menos tão pouco.

LINK

Durup et al. A reverse J-shaped association between serum 25-hydroxyvitamin D and cardiovascular disease mortality – the CopD-study. J Clin Endocrinol Metab 2015. Artigo na íntegra AQUI.

Durup et al. A Reverse J-Shaped Association of All-Cause Mortality with Serum 25-Hydroxyvitamin D in General Practice: The CopD Study. J Clin Endocrin 2012. Primeira publicação do estudo – de 2012.


10 thoughts on “Níveis muito altos e muito baixos de Vitamina D aumentam mortalidade cardiovascular: Curva J novamente!”

  1. (XXXXX)
    —–
    Por Maramelia Miranda:::
    Ana Claudia, seu comentário acima (XXXXX) foi devidamente excluído. Ficou no ar por algumas horas. Resolvi cortá-lo:
    — em resposta ao tratamento (hostil) que recebi nos grupos fechados de Facebook que veneram a Vitamina D, do qual faz parte, grupos para os quais fui convidada, incluída e depois excluída;
    — e por – naqueles grupos – ter expressado minha opinião, e ter postado alguns artigos científicos sobre o tema, ou por ter recomendado que pacientes não abandonassem tratamentos prescritos e procurassem seus neuros para discutir seus casos, ao contrário de alguns dos moderadores do grupo, que irresponsavelmente ficam mandando os pacientes com dúvidas –> largarem as terapias convencionais e partirem para tratamentos apenas com megadoses de vitamina D. Estas atitudes culminaram com a minha saída dos grupos.

    De um dos grupos, fui sumariamente expulsa. Do outro, depois de ter sido censurada — inclusive quando “tentei” postar o artigo deste post… Tratei de sair eu mesma, pois a atitude de cortar e apagar comentários numa rede social – achei realmente muito lamentável e triste. Como diria Sandra Annemberg, que deselegante!

    Desejo a todos que fiquem bem, saudáveis, e que continuem com suas unanimidades burras. Continuem selecionando cuidadosamente quem entra e quem pode falar e o que falar nos seus grupinhos fechados do FB.

    Enquanto isso, aqui, tratarei de disseminar conhecimento e informação de qualidade, de forma imparcial, sem promover ninguém ou qualquer tipo de droga ou tratamento. Informação inteligente, sem passionalidade.Serão postados comentários construtivos ou pertinentes, mesmo que contraditórios. Sem veneração, e sem bajulações. Tentativas neste sentido não serão publicadas.

    Aqui, apenas a verdade, os fatos, e sempre com provas científicas do que comentamos.
    Não à toa, estamos cada vez mais subindo e subindo nas páginas de buscadores, sem nenhum Add… 🙂
    Obrigada pela sua audiência!

  2. Luis, se não for esse que coloquei o link, então não tem mesmo… Nada sobre megadoses de Vit D e EM.
    Quando falo sobre este grupo do seu médico publicar a experiência tem, refiro-me aos casos que ele e sua equipe acompanhou e acompanham na clinica privada. Até onde eu saiba, não é necessária a autorização da Escola de Medicina da UNIFESP para que o Dr. Cicero publique sua experiência pessoal do consultorio (do seu consultorio privado), com uso destas doses de vitamina. Basta ele descrever, relatar a serie dos seus casos retrospectivamente, e publicar.
    Eu não nego conhecimento de nada, apenas falo que no Pubmed, ou Web of Science, base de dados de artigos científicos publicados da Internet, não existe artigo sobre megadoses de Vitamina D em EM. Isso não existe, e o próprio artigo do Dr. Danilo usou máximo de dose de 35 mil UI por dia. Agora, pelo que está escrito no artigo publicado na área de Dermato, o estudo feito pelo Dr. Danilo foi na Clinica Médica da UNIFESP, e com pacientes com doenças dermatologicas. E este estudo foi feito dentro da UNIFESP.
    Resta saber se houve atendimento de pacientes com EM, nas dependencias da universidade, usando as tais doses e tais pacientes sendo tratados pelo grupo do Dr. Cicero. Se houve isso, realmente não tem como “não autorizar a publicação”, quem decide se vai ou não publicar é o autor, o pesquisador, uma vez que a pesquisa foi feita. Até onde sabemos, nós neurologistas, é que este grupo atende apenas no ambiente do consultorio privado, Luis. No SUS, no hospital público, desconhecemos esta forma de atendimento.

  3. Eu soube do artigo que a Dr.ª Maramélia Miranda parece agora querer negar a existência ainda antes de ele ser publicado. Foi através de um colega seu funcionário da Bayer-Portugal. Os autores são colegas do Dr. Cícero Coimbra na Escola de Medicina da UNIFESP. Suponho que também estavam obrigados a pedir autorização ao Conselho de Deontologia da Escola de Medicina da UNIFESP. Suponho que este lhes tenha dado a dita autorização. Não é normal o comportamento deste conselho. Como se pode achar normal que autorizem a publicação de um artigo sobre os efeitos secundários de dado tratamento e não autorizem a publicação de um outro sobre o dito tratamento? Mas uma vez que o primeiro existe, também não acho normal que se esconda do público interessado.

  4. Não, não é esse. Tenho pena porque gosto de ler a literatura/bula dos medicamentos. Segundo informação do próprio Dr. Cícero Coimbra numa entrevista que ainda não tem muito tempo, não há nada publicado sobre o tratamento tal e qual ele agora é feito (com doses ajustadas individualmente que podem variar entre 20.000 e mais de 200.000 UI/Dia) porque o Conselho de Deontologia da Escola de Medicina da UNIFESP não autoriza a publicação.

  5. Se for o único estudo que foi publicado pelo grupo sobre este assunto, o de 2013, eu já mencionei várias vezes aqui, refiro-me ao estudo do Dr. Danilo Finamor, autor principal, sobre altas doses de Vitamina D em Dermatologia. É este? Desconheço outro, pelo menos que esteja na bases do Pubmed… Até onde eu saiba, não há nada sobre EM…
    O estudo que me refiro avaliou 25 pacientes, e usou doses até o máximo de 35.000UI em período de 6 meses e apenas com pacientes que tinham vitiligo e psoríase…
    Apesar do grupo tratar e prescrever doses acima de 60-70-80 mjil a pacientes há muitos anos, segundo grupos de FB em mais de 25000 pacientes tratados e acompanhados, nada disso nenhum dos médicos que fazem este protocolo nunca publicou nada…

    Link abaixo:

    Finamor et al. A pilot study assessing the effect of prolonged administration of high daily doses of vitamin D on the clinical course of vitiligo and psoriasis. Dermato-Endocrinology 2013.

  6. Dr.ª Maramélia Miranda, se puder publicar aqui no seu blog o estudo sobre os efeitos secundários do tratamento com vitamina D do Dr. Cícero Coimbra ficar-lhe-ei agradecido. Se mo enviar por correio electrónico eu publico nos grupos que administro e ficar-lhe-ei agradecido também.

  7. Luis, eu li, e li vários comentários de leitores tb. o estudo é na mesma linha de vários outros observacionais que mostram o benefício de Vit D em várias doenças, então observações sempre serão feitas, neste e em todos eles, porque a relação de causalidade não pode ser comprovada. não à toa os autores escrevem na discussão que os estudos randomizados são necessários para comprovar a tese levantada.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

@ Copyright 2009-2024 ... iNeuro ... Site de Neurologia ... Responsável técnico: Dra. Maramélia Miranda. Neurologia Clínica. RQE 97.572 - CRM/SP: 88.549.