Um novo consenso da American Heart Association, sobre o uso de aspirina na prevenção primária de doenças cardiovasculares, em diabéticos, recomenda que baixas doses de AAS em pacientes com diabetes é “razoável” naqueles sem história de doença vascular, mas que tem um risco de eventos cardiovasculares aumentado nos próximos 10 anos.
Estas novas recomendações – feitas em conjunto com o American College of Cardiology e a American Diabetes Association, chamam atenção para um critério mais estreito no uso de aspirina em diabéticos. Apenas homens acima de 50 anos e mulheres acima dos 60 anos com um ou mais fatores de risco adicionais, além do diabetes, seriam a população que se beneficiaria do uso. Anteriormente, qualquer diabético acima dos 40 anos teria indicação de usas AAS em baixas doses. Agora, as recomendações são mais conservadoras e cuidadosas no seu uso indiscriminado, com base em novos estudos de prevenção recentemente publicados.
O novo statement recomenda, portanto, o AAS em baixas doses (75 a 162mg/dia)para adultos com DM e sem história de DCV, mas que estão com risco aumentado, baseado em variáveis como idade e no mínimo um fator de risco adicional, como tabagismo, dislipidemia, hipertensão, história familiar de DCV, e albuminúria. Classe desta recomendação: IIa, com nível de evidência BA aspirina não está recomendada para diabéticos de alto risco com risco adicional de sangramento, bem como para indivíduos com baixo risco de eventos CV. Para estes, o oso do AAS “pode ser considerado” até que futuras pesquisas estejam disponíveis.
Referências:
Pignone M, Alberts MJ, Colwell JA, et al. Aspirin for primary prevention of cardiovascular disease in people with diabetes. Circulation 2010; Diabetes Care 2010; 33:1395-1402.
Antithrombotic Trialists’ (ATT) Collaboration. Aspirin in the primary and secondary prevention of vascular disease: collaborative meta-analysis of individual participant data from randomised trials. Lancet 2009; 373:1849-1860.