Esta metanálise foi feita pelo grupo de Dor Neuropática da IASP (International Association for the Study of Pain), como forma de atualização de suas diretrizes, avaliando 313 ensaios clínicos e totalizando 48.789 pacientes portadores de dor neuropática de diversas etiologias. O artigo foi recentemente publicado na Lancet Neurology, e seu acesso está aberto, dada a importância do tema na prática neurológica geral.
Resultados
Eficácia primária e desfechos de segurança para:
- Tricíclicos: NNT=4·6 (95% CI 3·2–7·7), NNH=17·1 (11·4–33·6)
- Ligantes α2δs (análogos GABA): NNT=8·9 (7·4–11·10), NNH=26·2 (20·4–36·5)
- Inibidores de recaptação serotonina/noradrenalina (Duais): NNT=7·4 (5·6–10·9), NNH=13·9 (10·9–19·0)
- Toxina botulínica: NNT=2·7 (1·8–9·61), NNH=216·3 (23·5–∞)
- Patch capsaína 8%: NNT=13·2 (7·6–50·8), NNH=1129·3 (135·7–∞;)
- Opióides: NNT=5·9 (4·1–10·7), NNH=15·4 (10·8–24·0)
- TMS repetitiva (sessões): NNT=4·2 (2·3–28·3), NNH=651·6 (34·7–∞)
- Creme tópico de caspaína: NNT=6·1 (3·1–∞), NNH=18·6 (10·6–77·1)
- Patch de lidocaína 5%: NNT=14·5 (7·8–108·2), NNH=178·0 (23·9–∞).
Conclusões: Recomendação forte para o uso de tricíclicos, análogos GABA e inibidores de rcaptação duais como primeira linha de tratamento. Menor força de recomendação para capsaína e lidocaína em patch; e terceira linha de tratamento para rTMS, toxna bolulínica e opióides. Tabelinha resumindo o artigo, abaixo (clique em cima da imagem para ver em close).
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