Tags: polirradiculoneurite aguda, desmielinização, Guillain-Barré, vacinal
Introdução. É a ocorrência de uma inflamação aguda na mielina, camada de proteína que reveste os ramos dos neurônios, nos nervos periféricos que levam a informação do cérebro e medula para os braços, pernas e rosto. Também chamada de polirraduculoneurite inflamatória desmielinizante aguda, o Guillain-Barré é uma doença de caráter bastante benigno, costuma instalar-se em alguns dias rapidamente, e os maiores fatores de risco para o seu desenvolvimento são a ocorrência de infecções virais, vacinação prévia aos surtos, diarréias, entre outras condições inflamatórias.
Sintomas. Os sintomas começam de forma rápida, instalando-se lenta, mas rapidamente, em alguns dias: o mais comum é a conjunção de alterações de sensibilidade, com formigamentos, nas mãos e nos pés, geralmente evoluindo com perda gradual da força, e esta fraqueza muscular quase sempre evolui de forma ascendente, primeiro nas pernas, depois literalmente “subindo” pelo corpo, atingindo os braços, músculos do tórax, e às vezes do rosto. Dor, aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial também são comuns. Não há alteração da consciência, memória e orientação durante o episódio. O quadro pode inclusive levar à perda da capacidade respiratória, com alguma parcela dos pacientes necessitando de suporte respiratório, com ventiladores, na UTI.
Exames complementares. A suspeita de um quadro de Guillain-Barré impõe necessariamente a internação hospitalar do paciente suspeito, para investigação e vigilância dos sintomas de fraqueza muscular. Os exames a serem realizados incluem o exame do Líquor da medula espinhal (Liquor cefalorraquiano), eletroneuromiografia e exames laboratoriais para pesquisar infecções, imunodeficiências e outras doenças da imunidade em geral. Na UTI, é importante o suporte da fisioterapia respiratória e motora, e seguimento concomitante da equipe de médicos intensivistas, sobretudo nos casos mais graves, com alterações da respiração e cardiovasculares.
Tratamento. Na fase aguda da doença, com a intenção de minimizar as sequelas e aumentar a rapidez da recuperação dos sintomas, estão indicadas a administração de imunoglobulina endovenosa, durante cinco dias, ou a realização de plasmaferese, ambos os tratamentos com igual eficácia. Na prática, prefere-se a imunoglobulina pela menor invasividade terapêutica.
O tratamento a médio e longo prazo está baseado na reabilitação, com fisioterapia neurológica para a recuperação da força muscular nos membros.
Os casos com Guillain-Barré tem, em geral, uma excelente evolução, mas é importante esclarecer aos pacientes e familiares que a melhora é lenta, relacionada exatamente com a recuperação das camadas de mielina perdidas na desmielinização, e portanto ocorrendo de forma completa apenas após alguns meses da crise inicial. Casos raros, onde há desmielinização associada a perda dos ramos dos neurônios (formas axonais), tem uma recuperação ainda mais lenta, e às vezes não recuperam-se completamente. Daí a importância da eletroneuromiografia para estabelecer estas diferenças e ajudar no prognóstico a médio e longo prazo.
Meu filho repentinamente teve esta doença. Ele já tinha problemas psiquiátricos. Perdeu os movimentos e teve muitos problemas respiratórios, ficando 1 mês na UTI e mais uns 15 dias no quarto. O diagnostico foi demorado, nada fácil.! Mesmo contratando uma fisioterapêuta particular para suporte no hospital e depois fora dele, ficou com uma deficiência nas pernas, fazendo varias cirurgias no pé no SARAH !
ola,
eu tive essa síndrome em 2003, fiquei com movimentos mais lentos. tenho dores no pescoço e quadril e em 2017 foi diagnosticada com fibromialgia. sofro com dores e fraquesa deste de 2003.
meu primo morreu ao 23 anos em 2000 da síndrome.
att
mirella
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Meu esta com sintomas da guillain barré
Me ajudou bastante esta pesquisa e um momento difícil ele tem apenas 3anos
Mas vamos superar
Att:Ricardo