Tags: estenose basilar; estenose vertebrobasilar; insuficiência vertebrobasilar; aterosclerose basilar; estenose intracraniana; trombose de basilar
Por Maramélia Miranda **
Introdução. A artéria basilar é a artéria da circulação posterior mais importante do cérebro, pois leva suprimento sanguíneo para estruturas importantes na região posterior do encéfalo, como o cerebelo, a ponte, o bulbo (região de transição entre o cérebro e a medula) e o mesencéfalo, estruturas vitais, relacionadas com os centros anatômicos que regulam a respiração, vigília e sono, o andar, o equilíbrio, os movimentos, coordenação e sensibilidade dos braços e pernas, e os nervos cranianos, responsáveis pela movimentação dos olhos, audição, fala e deglutição.
A estenose da artéria basilar é uma condição incomum, que ocorre quando há alguma placa aterosclerótica ou coágulo sanguíneo obstruindo parcial ou totalmente a passagem do sangue nesta artéria. É mais observada em homens do que mulheres, na sexta e sétima década de vida, e em populações asiática, da raça negra e em descendentes afro-americanos. A estenose da basilar pode causar sintomas transitórios e intermitentes, simulando quadros de labirintite, ou levar a um Acidente Vascular Cerebral isquêmico (AVCi) estabelecido, com sequelas neurológicas que podem ser leves ou mais graves.
A artéria basilar é formada pela junção das duas artérias vertebrais (direita e esquerda), na região do bulbo (próximo à nuca). A artéria basilar caminha pela face anterior do bulbo e ponte, e neste trajeto ascendente emite ramos arteriais importantes para irrigar esta e outras estruturas do encéfalo. A artéria basilar termina em dois ramos, as artérias cerebrais posteriores (direita e esquerda), que irrigam o mesemcéfalo, tálamo e as porções mais internas dos lobos occipitais e temporais. Durante o seu trajeto, os ramos arteriais mais calibrosos da basilar são as artérias cerebelosas anteriores-posteriores (PAICAs) e artérias cerebelosas anteriores-inferiores (AICAs).
Portanto, os sintomas neurológicos decorrentes de alteração na irrigação da artéria basilar vão depender dos ramos acometidos, e da presença ou não de circulação colateral, quando ocorre, por exemplo, uma oclusão completa da artéria. O local da oclusão, inclusive, pode indicar o possível mecanismo (causa) desta oclusão: quando ocorre na porção proximal ou mais distal (topo) da basilar, geralmente é relacionado a um trombo de origem cardioembólica. Quando a oclusão é no terço médio, mais comumente relaciona-se com a presença de doença aterosclerótica neste local – aterotrombose.
Quadro Clínico / Sintomas. É bastante frequente ocorrerem sintomas de alerta, intermitentes, dias ou semanas antes da instalação dos déficits em um quadro agudo de estenose basilar. Os sinais e sintomas mais frequentes são:
- Déficits motores, geralmente em um lado do corpo, associados à fraqueza dos músculos da face (paralisia facial);
- Alteração na articulação das palavras;
- Vertigem / tonturas, nauseas e vômitos;
- Dor de cabeça;
- Alteração visual, desde embaçamento da visão até estrabismos e visão dupla;
- Alteração súbita da marcha, com dificuldade de ficar em pé e andar;
- Alteração da consciência, com sonolência de início súbito.
Exames Complementares. Na investigação de uma suspeita de estenose ou trombose da basilar, dá-se preferência atualmente aos exames neurológicos não invasivos, como o Doppler transcraniano, a angiotomografia e a angioressonância. O Doppler transcraniano é um exame de ultrassom, que determina se há alteração nas velocidades de fluxo sanguíneo na artéria basilar, e quando realizado com aparelhos com a tecnologia Color Dupplex, mostra imagens da artéria. Os exames de angiotomografia, angiorressonância, e por último a angiografia cerebral, demonstram a anatomia dos vasos, e são excelentes para a detecção precoce e mensuração dos graus de estenose. Adicionalmente, a angiotomo e a angioRM podem ser usados para o acpmpnhamento dos pacientes a longo prazo.
Tratamento. Na fase aguda de um AVC isquêmico ou ataque isquêmico transitório (AIT) por causa de uma estenose basilar, a evidência atual é de que o melhor tratamento é a administração de antiagregantes plaquetários (aspirina, clopidogrel, ou associação destes dois) para a prevenção de novos eventos isquêmicos. Nos casos catastróficos de trombose da artéria basilar, o início do sintoma de rebaixamento ou coma é geralmente considerado como o tempo de icto, para a instituição de terapia com trombolíticos ou trombectomia mecânica.
Quando os pacientes chegam ao hospital com poucas horas do início dos sintomas, a dependem da apresentação destes e dos exames de imagem na chegada, pode ser feito o tratamento trombolítico endovenoso, com o medicamento alteplase, para a tentativa de recanalização da artéria obstruída.
Em situações especiais, pode haver a necessidade de uso de anticoagulantes, sobretudo quando os pacientes apresentam déficits em crescendo ou vários episódios intermitentes de piora e melhora.
Além disso, o controle otimizado dos fatores de risco cardiovasculares associados à estenose da artéria basilar, quando de causa aterosclerótica (controle de doenças como hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias) também deve ser priorizado.
Mesmo com o advento de tecnologias de procedimentos endovasculares, a angioplastia e colocação de stents na artéria basilar, embora bastante comentada e questionada pelos pacientes e familiares de pacientes com a estenose basilar, ainda é considerada uma terapia experimental, que deve ser realizada no contexto de algum estudo clínico, uma vez não haver nenhum trabalho prospectivo que tenha demonstrado superioridade deste tratamento sobre o tratamento médico. Apenas quando o tratamento médico falha, e os pacientes com estenose basilar ainda persistem com sintomas de AIT ou AVCi, mesmo com medicamentos, deve ser considerada a terapia endovascular.
Prognóstico. O prognóstico dos pacientes que tem estenose da artéria basilar depende muito do local da estenose, da rede de colaterais presente no cérebro, que é bastante variável nos índivíduos, e do diagnóstico precoce desta condição, que melhorou bastante nos últimos anos, com o advento da neuroimagem não invasiva, (Doppler transcraniano, angiotomografia e angioressonância). A oclusão completa da artéria basilar, quando instalada em horas ou dias, tem um prognóstico mais grave, sobretudo quando não há circulação colateral nos pacientes com esta condição. Atualmente está em andamento um estudo prospectivo para avaliar qual tratamento é melhor (tratamento com angioplastia / stent versus tratamento médico otimizado).
** Dra. Maramélia Miranda é neurologista com formação pela UNIFESP-EPM, especializada em AVC e Doppler Transcraniano, editora do blog iNeuro.com.br.
Bom dia
No exame de meu esposo diz afilamento difuso da artéria vertebral esquerda, sugerindo hipoplasia. O que quer dizer?
Bom dia
No exame de meu esposo diz afilamento difuso da artéria vertebral esquerda, sugerindo hipoplasia. O que quer dizer?
Sou seu colega e gostaria de saber a data deste importante trabalho .
Acabo de realizar uma Angio RM que revelou estenose de 41% da art. vertebral intracraniana esquerda,
assintomática , considerando que meu AVE isquêmico , ocorrido em julho passado, ocorreu em bulbo à direita , do qual estou totalmente recuperado !
1.Acha oportuno fazer uma angio TC para avaliar a composição da placa e sua estabilidade ???
2.Tem conhecimento sobre a frequência destas estenoses em pacientes com 67 anos , hipertensos e diá beticos, grau de risco , taxa de recorrencia ? estamos falando de pacientes que usam aspirina há 10 anos e cuidam da hipertensão e do diabetes !
Boa noite…No dia 26/03/17 apresentei um quadro que foi diagnosticado como labirintite severa….tontura (não conseguia ficar de pé ), nistagmo, vômitos persistentes, hipotensão, palidez, tampão no ouvido esquerdo, desequilíbrio total…fui para um pronto atendimento, pois era o local mais próximo, iniciei com betaistina e dramin, sem sucesso…. dois dias após consultei com otorrino que manteve medicação e solicitou ressonância de crânio, o qual resultado deu sem alterações significativas.
Nas semanas seguintes continuei com visão turva, nistagmo, tonturas, principalmente quando deambulo e movimento a cabeça para os lados.
Realizei um exame vectoeletrotomografia e o resultado foi nistagmo sugestivo para comprometimento de esfera….procurei um neurologista orientada pela otorrino…o neuro me solicitou exames de sangue, eletroencefalograma e ressonância de crânio. ..todos apresentaram resultados dentro da normalidade.
Mas comecei a perceber algumas bradicardias com arritmias, comecei a ficar com a visão mais turva e tonta ao ficar nervosa, manchas vermelhas na face e dor na cervical com dormência, formigamento, irradiada para meu trapézio
Resolvi consultar com um traumato que realizou exames de imagem e diagnosticou compressão da artéria basilar devido a retificação da cervical…me orientou a consultar com vascular e reconsultar com neurologista.
MPRESSÃO DIAGNÓSTICA:
Oclusão / trombose do segmento
cervical da artéria vertebral direita.
Leve doença ateromatosa nas bifurcações
carotídeas e na artéria
vertebral
esquerda.
Lobulações
parietais
no
segmento
cervical
da
artéria
carótida
interna
direita
entremeadas
por
segmentos de calibres normais, achado que sugere displasia fibrosa.
Segmento superior da artéria carótida interna esquerda difusamente dilatado.
OBS: Cartilagem aritenóide direita
esclerótica achado inespecífico. Enfisema nos ápices pulmonares. VC pode, por favor, me dizer o que significa?
Boa tarde
Estou com minha cunhada hospitalizada desde do dia 25/06/2017.
Ela teve quatro episódio de AVC i e tbm artéria subclavia e basilar praticamente todo obstruida, tentaram a Angiografia mas não foi possível devido a obstrução ser muito grande.Moramos em Gurupi Tocantins e estamos precisando de ajuda diagnósticos, soluções, tratamento e possibilidade de desobstrução
Dra. Maramelia, boa noite! Estive internada na UTI do
Hospital São Luiz por três dias com dor de cabeça e a dra. acompanhou meu caso. Pediu que eu fizesse uma angiorm depois de um mês e o resultado foi o seguinte: tortuosidade das artérias do sistema vertebrobasilar. O que significa?
Olá, Sra. Maramélia Miranda! Tenho 28 anos e minha mãe faleceu por conta de um aneurisma cerebral este ano e resolvi fazer uma angiorressonância de vasos intracranianos e essas foram as análises:
“Análise:
Não há sinal de oclusão, estenose significativa ou dilatação aneurismática nos vasos intracranianos.
Artérias carótidas internas e seus ramos principais com trajeto e sinal de fluxo normais.
Coarctação da porção proximal da artéria basilar.
Artérias do sistema vértebro-basilar e seus ramos principais com trajeto e sinal de fluxo habituais.
Polígono arterial de configuração usual.
Seios durais e veias corticais com enchimento e calibre normais. Não há sinal de trombose venosa recente.
Opinião:
AngioRM dos vasos intra-cranianos sem alterações significativas.”
Devo me preocupar com o parágrafo que diz: “Coarctação da porção proximal da artéria basilar.”???????
Parabéns pelo artigo! Tive muita dificuldade de encontrar algo assim em português!
Obrigado!
BM dia no dia 13 /03/2017 senti uma forte dorde cabeça e numa tomografia foi detectado um pequeno sangramento; passei 10dias internada e fiz exames de ressonância e angiotomgrafia e la fui diagnosticada com hemorragia suberacnoide; detectaram uma irregularidas dos segmento v4 das artérias vertebrais e da artéria basilar direita com 50%, estou em uso de nimodipino 4/4hrs; tenho sentido tonturas eescurecimento; poderia me explicar mais sobre o caso?
Boa tarde!
Estou a procura de informações sobre este tipo de avc. Meu pai com 66anos, estava super bem e de uma hora para outra teve um avc deste tipo. Segundo dos médicos foi um avc muito forte, na parte baixa do crânio. Aconteceu quinta-feira dia 29/12/2016 e até o momento ele se encontra desacordado obtendo como resposta alguns reflexos. Se alguém tive alguma informação para ajudar eu vou agradecer muito.
Regina Brasiliense, li que queria entrar em contato comigo:
Meu email é larafernandez@hotmail.com
Oi Doutora,
Em outubro tive uma amaurose fugaz.
Em fevereiro fui parar no hospital com sonolência, dormência do lado direito, lado da face direito parecia que iria paralisar, pressão na nuca, sem coordenação de ideia e frases, fortes dores de cabeça, tontura, náuseas.
Fiz uma Ressonância Magnética e constou “grandes artérias intra-cranianas de fluxo presente caracterizado por flow-voids”. O que isso quer dizer?
Desde já, muito obrigada pela atenção.
rodrigo — nao é possivel te responder sem saber qual a extensão do infarto, da area do derrame do seu pai, tudo depende disso. tem que ver o exame, tomo ou ressonancia, e verificar o que há hoje. se a artéria não é desobstruida, a tendencia é a area de infarto piorar.
infelizmente, o tratamento de desobstrução de arteria basilar ainda é pouco realizado no mundo todo. apenas quando se detecta rapidamente a obstrução, até 12h do fechamento da arteria, é possivel uma tentativa de desobstruir esta oclusao com cateteres.
Oi doutora, meu pai teve avc tronco basilar, está internando a 8 dias, nos primeiros 4 dias ainda conseguia falar, depois foi piorando, agora ele entrou em coma, respira com ajuda de aparelho, o rim está falhando porque ele tá inchando um pouco.
O que pode ser feito no caso dele? O cérebro vai continuar se deteriorando? aquela gordura que entupiu a veia não sai mais de lá e consequentemente tudo que dependia dela vai morrendo? Geralmente qual a porcentagem de sobrevivência num caso assim com sequelas leves ou graves que seja?
RAUL – O LAUDO QUE TRANSCREVEU FALA DE ALTERAÇÃO NA ARTERIA BASILAR. CONVEM VC PASSAR COM UM NEUROCLINICO. ATENÇÃO — NEUROCLINICO.
ESPERO QUE TENHA CORRIDO TUDO BEM. ABS
Doutora, após sentir forte dor de cabeça, ter vomitado bastante, com palidez e tontura forte, fui internado e passei 4 dias no hospital com diagnóstico de Labirintite severa (isto foi no dia 16/05). Fiz exames de Ressonância do Crânio e Tomografia, mas sem detalhes que pudessem indicar algo mais sério. Após alta, segui com medicação (Exit e Betina) por 15 dias e agendei exame de Angio-RM. Não tive mais dores fortes, o equilíbrio voltou ao normal mas fiquei com a língua anestesiada e com dores na têmpora direita e mandíbula do lado direito tbm, persistem até hoje. Hoje saiu o resultado: “Artérias cerebrais médias e anteriores com calibre, morfologia e sinal de fluxo preservados. Redução de calibre com irregularidades parietais ao longo da artéria basilar, com afillamento progressivo e esteonose suboclusiva no terço distal da artéria basilar, junto a origem da artéria cerebelosa superior. O fluxo nas artérias cerebrais posteriores tem aspecto habitual, provavelmente por circulação colateral através do polígono de Willis via artérias comunicantes posteriores. Não há sinais de má-formação vascular ou formações aneurismáticas detectáveis por este método.” Conclusão do exame: “Irregularidade parietal com redução significativa de calibre na artéria basilar, com afilamento progressivo e estenose suboclusiva no terço distal da basilar, junto a origem da artéria cerebelosa superior. A possibilidade e vasculopatia (arterite) faz parte do diagnóstico diferencial, sendo fundamental correlacionar com dados clínicos e afastar fatores de risco para ateromatose severa.”
Com tudo isto acima, pergunto: Corro risco de vida? Tenho retorno da consulta com o Neuro amanhã, seria o caso de buscar urgentemente o meu médico? Tenho 38 anos e fiquei perplexo com o resultado do exame, sou esportista, me alimento bem, nunca fumei. Como isso pode ter acontecido? Este problema pode ser genético ou foi causado por algum motivo externo? Agradeço se puder contar com vossas opiniões, inclusive tenho as imagens dos exames e posso lhe enviar. Obrigado em avançado!
Gislenne — fenestração da basilar é uma alteração congênita. Voce nasceu com isso. Não implica em nada. Vida normal. Se não há nada de aneurismas simplesmente apenas acompanhar a alteração. Nada de cirurgias ou medicamentos. É como se fosse um sinal na pele, vc nasceu com isso, irá morrer com isso, mas não terá nada decorrente disso. OK?
Olá boa noite! Devido fortes dores de cabeça, náusea, tonturas e vômitos, fiz uma angioressonacia e deu como conclusão uma fenestração basiliar arterial, mais de acordo com o médico não tem sinais de aneurisma. O que levou essa fenestração? Corro risco de vida? Existe tratamento?
Gostaria de entrar em contato com Lara Fernandez
Daniel, para triagem há escalas excelentes — LASS e Cincinnati, usadas exatamente para diagnóstico de AVC. No caso de basilar nem para o médico o reconhecimento é tão fácil. Tonturas, áuseas e vômitos são sintomas muito inespecíficos. Mas quando há fala empastada e tontura com sonolência, ligar as antenas.
Bom dia, sou enfermeiro e realmente é difícil como triador em um serviço de emergência detectar que seja um AVC. Mas parabéns pelo artigo, está excelente.
fabiana, se houve oclusão / trombose da artéria basilar e a lesão no tronco é grande, ou seja, isquemia no tronco bilateral, é pouco porvável que seu pai volte ao normal. é muito comum haver pequenas melhoras, mas pode ser que fique sequela motora, sem conseguir mexer os braços e pernas, a depender da análise das imagens e análise clínica do paciente.
Situação bem complicada. nesta hora, é importante saber: seu pai iria querer ficar numa situação destas, acamado, dependendo de todos?
boa noite… meu pai esta em coma profundo ha 33 dias teve uma avc isquemico dormindo e nao acordou chegando ao hospital ja em coma disseram q houve uma obstruçao na arteria basilar e houve uma lesao muito grande se ele acordar seriam sequelas grandes e graves. o tempo se passa e nenhuma mudança no quadro .com sua experiencia ja houve algum caso parecido que a pessoa conseguiu acordar e e ir respondendo com o tempo?
Meu pai fez uma embolização de aneurisma da arteria basilar muito grave E ate hoje ele sente a cabeça doendo ainda.E hj ele sentiu uma dor mas pernas sera que isso E mornal
Oi, meu namorado sofreu um Avc no dia 4 de março ficou em coma um dia entubado ….fez Tc….e fez traqueostomia apos quatro dias de internação. .começou a apresentar decortizacao e febre sem melhoras..no dia 16 /03 fez arteriografia e no dia 18/03 teve uma piora no quadro respiratório e febre de 42 graus…o neurologista deu o resultado na sexta feira 18/03 ..disse qur o exame mostrou uma obstrução da artéria basilar e que iria solicitar mais exames e mim disse que rezasse e que tivesse os pés no chão. .Infelizmente no dia seguinte veio a óbito. ..Pergunto:será se tivesse visto antes poderiam ter feito algo..Afinal um rapaz de 36 anos e de bim coração. …
Dra Maramélia, gostaria de saber se dolicoetasia da artéria basilar e estenose basilar são a mesma coisa? Caso contrário, qual a diferença?
Lara – lembro do caso do seu pai sim. Trombose de Basilar não é tão comum, e casos com Locked-in – síndrome do encarceramento, são marcantes. Muito obrigada pelos elogios. Espero que estejam bem. Abs Mara
Boa noite, Dra. Maramélia!
Em 20/2/11 meu pai teve uma trombose na artéria basilar. Demoramos para perceber e ele acabou ficando com a chamada “Síndrome do Encarceramento”. Ficou 8 dias, vindo a óbito.
Foi você quem o atendeu, no hospital São Luís, do Morumbi.
Passados exatos 5 anos, estava procurando mais a respeito disso e eis que encontro seu artigo, tão esclarecedor!
Na época, tudo o que passamos foi uma barra, mas contar com uma médica extremamente competente e humana ajudou muito!!! Acho que vc não deve se lembrar do caso, deve atender tanta gente…
Mas enfim, queria te agradecer… Vc não pôde salvar a vida dele, mas o ajudou muito a sofrer o mínimo possível! Admiro muito sua postura extremamente humana!!!!
Muito, muito obrigada!!!
Boa noite. Minha mãe tem histórico de aneurisma cerevral e colocou um stent fluxo na aneurisma porque embolizacao só com molas não resolvia mais. Pois a aneurisma “esticava”. É normal ela sentie doe de cabeça todo dia depois de três dias do procedimento?
Olá Doutora, minha mãe anda apresentando um déficit cognitivo, ela está com 67 anos, levei ela na neurologista que pediu diversos exames para descartar a possibilidade de um Alzheimer, nos exames de sangue e imagem (Ressonância magnética e tambem angioressonacia) não apresentou nenhuma alteração que justificasse uma demência do tipo Alzheimer, no entanto apresentou uma redução do calibre e do sinal de fluxo no segmento a1 da artéria cerebral anterior direita por variação anatômica ( não sei se é algo adquirido ou se já se nasce com isso), ela tem apresentado problemas na fala, dificuldades para evocar e articular as palavras, fica gaguejando, tem apresentado também dificuldade de controle do esfíncter e também mudança de comportamento, a medica receitou antidepressivo (fluoxetina) o qual minha mãe deixou de tomar por causa de dores de cabeça que o remédio tem causado, ela anda muito ansiosa também. Não sei mais o que fazer, se a senhora puder me dar uma orientação eu ficarei muito agradecida, pois não sei no que fazer, onde devo levá -la para tentar resolver o problema.
Desde já agradeço,
Daniele
O que é “tortuosidade da artéria basilar”? Fiz uma angiotomografia que demonstrou não haver estenose, nem dissecção das artérias cervicais, mas tive um episódio de vertigem com nistagmo muito forte associado a dor irradiada no braço direito, bico de papagaio em c6-c7 e protusão de disco em c5-c6 ambos tocando a face ventral do saco tecal (ambos do lado direito). Existe possibilidade de se desenvolver algo mais grave? Ou síndrome vértebro-basilar?
marcia, o tratamento disso envolve varias coisas, se já está com a artéria ocluida há mais de 6-8 horas, para abrir a artéria, nada mais a fazer.
agora e deixar a corculação do cerebro se reorganizar, evitar pressão arterial baixa nesta fase aguda, manter a cabeceira da cama mais baixa, se possivel a zero grau. repouso a principio.
cuidado bem proximo com medidas de glicemia capilar e temperatura, com a pressão, e evitar aspiração, geralmente com ajuda da fono e de sonda para se alimentar.
Meu irmão está no UTI com oclusão de ramo distal de artéria basilar , hoje esta com confusão mental, movimentos repetitivo do lado direito, soluço, parecendo uma crise bem forte de labirintite
Qual melhor tratamento e ele vai ficar com sequelas
Meu irmão está no UTI e foi realizada uma ressonância magnética e médico disse que ele está com oclusão do ramo distal de artéria basilar,agora ele pediu uma angioressonancia para ter total certeza do diagnóstico
Diante tudo isso quero saber se meu irmão corre risco de vida. Ele está confusão mental,sonolento e as vezes agitado, soluço e movimentos repetitivos do lado direito
Qual melhor tratamento e ele pode ficar com sequelas
daniel, não tive acesso aos exames e detalhamento do caso da sua mãe.
o que posso te responder é que, de uma forma geral, quem teve trombose da basilar devido a estenose (obstrução da basilar) ou alteração nas artérias próximas deve fazer exames regularmente, a cada ano ou cada dois anos, para ver como está a circulação na artéria que se alterou na época do AVC. Os sintomas que vc relata podem ser de algum acometimento na basilar, ou podem ser uma simples labirintite, ou pressão baixa…
é impossível dizer o que é apenas com seu relato. sugiro que procure o neuro, para sua mãe ser examinada e, se for o caso, refazer exames de imagem (angiorressonancia ou angiotomografia) da basilar.
Olá, Dra.,
Minha mãe (67 anos hoje) teve trombose da artéria basilar direita em 2006, ficou em coma 3 dias, passou por cirurgia e recuperou-se quase totalmente, mas nos últimos meses, reclama às vezes de enjoo, mal-estar súbito, dor de cabeça leve e tontura. É possível que esteja acontecendo o mesmo problema?
Antes do caso de 2006, ela sofreu ao menos dois surtos graves, com forte vômito, problemas visuais e palidez, mas na época, associamos a queda de pressão. Os problemas atuais são de muito menor intensidade.
Obrigado.
Olá. Há cerca de um ano meu marido colocou stent na coronária e toma uma série de remédios (Aterogrel, sinvastatina, etc), recentemente ele se queixou de sentir por duas vezes vertigens e “ausência” como se fosse desmaiar. Esses sintomas podem ser de AIT? Ele pensa em retornar ao médico somente em janeiro e estou bastante preocupada em ser outro possível entupimento.
Gostaria de saber se existe algum medicamento específico para o tratamento de trombose em gravidas que possam ser comprados com recurso público da Saúde.
Tenho uma filha de 19 anos fez uma cirurgia da hipofse teve minigite e tronbose na veia basilar ficou 30 dias em coma hoje ela esta com o lado d com dificuldade motora sera que ela se reculpera.
Eduardo, se a artéria está fechada fechada, não eh possível abrir. Se há estenose mas ainda passa sangue (a obstrução eh parcial), pode ser feito o procedimento, mas tudo depende do quadro clínico do paciente. Oclusão da basilar Costuma ser algo grave. A não ser que o paciente tenha boa circulação colateral… Ou seja, tudo depende de caso a caso. Eh raro uma jovem de 22 ter isso.
Dra. Maramélia, bom dia.
A minha filha de 22 anos foi acometida de uma oclusão da artéria Basilar, a 6 dias, e gostaria de sua opinião sobre o tratamento com angioplastia / stent.
A idade poderia ajudar ??
Tenho insuficiência vertebrobasilar, diagnosticada pelo neurologista. Uso medicamentos para labirintite, para evitar as tonturas.
Qual outro profissional da area medica eu deveria procurar para avaliar e tratar meu problema.
Tenho tonturas vertigens problemas desequilíbrio em marcha . E às vezes náuseas . Ando assim sem grandes melhorias à quase dois anos . Apenas descobri algumas alterações de cervical retificada, com uma profusão fiscal pequena e osteofitoses e umcartrose . Fui a um Osteopata e disse que achavasque tinha arteose da coluna e atlas desalinhado . O que é certo é que andei lá e continuo mal . Primeiro diziam ser fonoaudiologia , mas andei com comar cervical uma semana e os sintomas durante isso melhoraram muito
sidcley, é impossível falar algo sem ver o doente e os exames. vc deve tirar suas duvidas todas quando e sempre que conversar com o médico que a está assistindo.
minha mãe tem 65 anos e sofreu um AVC Hemorrágico rompeu a veia basilar vc acha que ela tem alguma chance de ficar boa, Ah! o medico falou que ela não tem chance de operar
fernanda, não há relação entre obstrução da artéria basilar (que fica dentro da cabeça) e problemas da coluna cervical.
Olá, gostaria de saber se a obstrução da artéria pode ser causada pela má postura, pois tenho uma curvatura na coluna cervical e excesso de peso. O controle do peso e terapia de RPG podem atenuar o incômodo e os sintomas? Obrigada desde já.
Fernanda Bueno
Estou muito preocupada, meu pai tem 79anos já foi infartado, precisou fazer 2 pontes safena e nao a fez, alimentaçao, exames de sangue e medicamentos para hipertensao, DM2 e coraçao sob controle. Porem em exame de angioresonância foi diagosticado +90% de estenose da arteria basilar proximal. Li sobre no site de vcs e fiquei preocupada pois todas as caracteristica de sintomas meu pai ja teve inclusive AV Isquemico. Pegamos o resultado hoje e ainda nao conseguimos agenda para o neuro, acredito pelo historico e idade que nao resiste a uma cirugia. Qual seria o tratamento e expectativa de sobre vida. Obrigada. Sou de Canoas RS.
Elenice, o melhor exame para quantificar isso é sem duvida o ex de angiotomo, que é menos incásico do que a arteriografia. Outra opção seria a angioressonancia.
Artigo de grande utilidade, tenho uma estenose discreta na artéria vertebral. Qual o exame mais adequado para quantificar o grau da estenose e quais são os sintomas do deficit de fluxo sangúineo no cerébro?