Publicado na Neurology no final do mês passado.
Resumindo, o que diz:::
- 1 – No tratamento inicial da maioria dos pacientes com MG, não invente. Primeira linha é o velho e bom Mestinon. A dose deve ser ajustada conforme o alívio dos sintomas.
- 2 – Terapia adicional com corticóides e imunossupressores pode ser necessária quando a droga não consegue segurar os sintomas. Quando não podemos dar CE, ou quando mesmo com estes o paciente piora –> imunossupressores.
- 3 – Imunossupressores mais usados = azatioprina, tacrolimus, micofenolato, ciclosporina e metrotrexate. Não há quase nada de estudos controlados sobre qual é a melhor terapia, mas aparentemente a primeira linha de tratamento deve ser azatioprina e em segundo lugar ciclosporina. Esta última droga apresenta maiores efeitos adversos e interações com outras drogas.
- 4 – Casos de MG refratários = Devem ser encaminhados para subespecialistas neuromusculares, e terapias como imuneglobulina EV (IgEV) hiperimune, plasmaférese, ciclofosfamida e rituximabe podem ser usadas. Mais recentemente, alguns estudos tem mostrado benefício do rituximabe, mas ainda não há total consenso sobre esta droga.
- 5 – Quanto tempo deixar o imunossupressor? X. Não há nada muito definido, mas o bom senso fala que uma vez que o paciente tenha uma melhora, primeiro devemos desmamar o CE, até uma dose mínima suficiente e necessária para deixá-lo bem, estável. Em relação aos imunossupressores, em geral manter por 6m a 2 anos; desmame igual ao CE, com manutenção de dose mínima para deixar o doente estável.
- 6 – Cuidado nos desmames. Tem que ser beeeeeemmmmmm devagar naqueles casos mais sintomáticos, pois há risco de piora clínica se for um caso muito ativo ou se você desmamar mais rápido.
- 7 – Efeitos adversos. Não esqueça de monitorar efeitos das drogas esteroidais e da imunossupressão não esteroidal.
LINKS
Sanders et al. International consensus guidance for management of myasthenia gravis. Neurology 2016.