Apresentado e publicado há 3 dias, no congresso da American Academy of Neurology – AAN, em Vancouver.
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Apresentado e publicado há 3 dias, no congresso da American Academy of Neurology – AAN, em Vancouver.
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Vai ficar na história da Neurologia do país, de São Paulo. Um verdadeiro professor. Dr. Getúlio Rabello era Coordenador da Comissão de Ensino da ABN – Academia Brasileira de Neurologia, e fez toda sua vida acadêmica na FMUSP, onde foi professor de inúmeros colegas.
Um neurologista, um clínico de mão cheia. Como colega, espirituoso e bem humorado, sempre…
Grande Perda.
Nota de Falecimento no site da ABN. Fonte da foto: ABN.
A Academia Americana de Neurologia – AAN, publicou em dezembro passado, um consenso para o diagnóstico e manejo da HPN. Doencinha de difícil diagnóstico, em muitos casos, e pior ainda quando a questão é responder se o tratamento de primeira linha disponível hoje, que é a derivação ventriculo-peritoneal irá ou não funcionar. O artigo traz vários conceitos relativamente novos, além do conhecido tap-test, como escores clínicos que auxiliam a classificação sintomática dos pacientes e variáveis de hidrodinâmica liquórica, como teste de infusão no espaço liquórico, e as medidas de pressão inicial e final após a infusão, para calcular a resistência liquórica, variáveis que podem ser preditoras de resposta positiva ou negativa ao shunt.
Interessante.
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Por Nicolas Amui, Felipe Barbosa ** e Maramelia Miranda
Notícia recente, artigo da ILAE publicado na Epilepsia, em Maio de 2015. Apresentada pela Profa. Elza Marcia. Nossa fera em Epilepsia.
Depois disso, a agência Food and Drug Administration, em junho de 2015, usando informações desta recomendação da ILAE, e de estudos publicados sobre o uso de valproato em grávidas e possíveis efeitos adversos nas crianças cujas mães usaram a droga na gravidez, liberou a comunicação sobre a segurança da prescrição deste importante droga, usada em Neurologia para diversas condições, como a profilaxia da migrânea, em epilepsia, transtornos bipolares e de humor em geral. A categoria da droga para uso em migrânea, anteriormente classificada como “D” (potencial benefício da droga em grávidas pode ser aceitável a despeito dos riscos), passou a ser tipo “X”, ou seja, o risco de seu uso em gravidez claramente suplanta qualquer possível benefício.
Em relação à prescrição do valproato em epilepsia e transtorno bipolar, apenas haverá justificativa para a sua continuidade quando outros produtos não foram efetivos. Para este uso (epilepsia e bipolaridade), permanecerá como categoria D. Para mulheres em idade fértil, a recomendação é tentar evitar esta droga. Veja exatamente o que o FDA escreveu em seu “release”:
“With regard to women of childbearing age who are not pregnant, valproate should not be taken for any condition unless the drug is essential to the management of the woman’s medical condition. All non-pregnant women of childbearing age taking valproate products should use effective birth control.”
Controverso, não?!
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** Nicolas Amui e Felipe Barbosa são residentes da Neurologia na UNIFESP/EPM.
Um grupo holandês publicou na Neurology este mês um trabalho muito interessante, de um assunto que muito nos interessa – na verdade interessa mais aos neurohospitalistas / neurovasculares, quando frequentemente somos chamados para avaliar encefalopatias anóxicas pós-PCR…). O paper está com acesso livre. Aproveitem…
Os autores analisaram um grupo prospectivo de 277 pacientes em 2 UTIs, com o diagnóstico de coma pós-PCR. É bastante gente, considerando o problema estudado.
Fizeram EEG contínuo por 3 dias após a PCR. Categorizaram os padrões de EEG em desfavorável, intermediário ou favorável. Analisaram e juntaram estes dados com a clínica, ressuscitação, padrão do potencial evocado somatossensitivo (PESS) e desfechos em 6 meses. Cruzaram as variáveis e fizeram modelos preditores de prognóstico pior ou favorável após um coma pós-PCR.
Concluíram que o EEG feito de forma contínua dentro das primeiras 24h foi um dado robusto de predição prognóstica em pacientes comatosos após PCR. Outros dados interessantes: o padrão de EEG nas 24h, junto com ausência de reflexo pupilar em 48h e de passagem de estímulos no PESS em 72 horas, tiveram uma especificidade de 100% e sensibilidade de 50% para desfecho desfavorável. Ao contrário, um EEG favorável nas primeiras 12h foi fortemente preditor de bom desfecho.
EEG na UTI em pós-PCR: Ferramenta para prognosticar desfechos.
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Novidades da Academia Americana de Neurologia de 2015… Em pouco mais de 30 linhas.
Highlights dissecados por neuros franceses. Publicados na Revue Neurologique.
Maravilha!!!!! Merci, Dr. Sibon et collègues !!!!
Aos neuronautas que conseguirem a façanha de ter o artigo na íntegra, pleeeease… I want!!! Detalhe, texto em francês.
Por enquanto, ficamos apenas com o abstract em inglês.
The benefit of the thrombectomy using stents retrievers in the acute stroke phase is now demonstrated when there is a proximal occlusion of an intracranial artery, whatever its mechanism. The place of the anticoagulants in the management of cervical artery dissections remains uncertain, while the benefit of the blood pressure control in the secondary prevention of deep and lobar intracerebral hemorrhages is critical. The development of cardiac MRI, prolonged cardiac monitoring and transcranial doppler seems to improve the diagnosis of cardio-embolic sources of stroke.
A specialized urgent-access single seizure clinic represents a model which reduces wait-times and improves patient access after a first fit. Co-locating a psychiatrist within outpatient epilepsy center leads to a reduction in psychiatric symptoms and people with psychogenic non-epileptic seizures. When neurologists around the world assess identical case scenarios for the diagnosis of epilepsy, concordance is between moderate and poor, showing that epilepsy diagnosis remains difficult. More than one third of elderly with new-onset epilepsy of unknown etiology exhibit temporal lobe atrophy on brain imaging.
There is no major progress in the therapeutic approach of Parkinson’s disease but the discovery of new genetic markers such as glucocerebrosidase mutations may greatly change our knowledge of the disease process and may induce new therapeutic strategies in the future. The natural history of the disease is also better understood from the prodromal phase to the post-mortem analysis of the brain and the classification of the processes based on abnormal protein deposits.
The respective value of biomarkers (amyloid imaging versus CSF biomarkers) for in vivo diagnosis of Alzheimer’s disease (AD) has been detailed. Therapeutic expectations mainly rely on anti-Aβ immunization trials performed in preclinical (and no longer prodromal) stages of AD, with the aim of slowing the evolution of neuronal loss. Besides a lot of communications on dementia genetics or physiopathogeny, fascinating and promising results were presented on deep brain stimulation for depression resistant to medical treatment.
Ibudilast, administered with riluzole, is safe and tolerable in patients with amyotrophic lateral sclerosis (ALS), improves ALS function and delays progression. Patients with painful small fiber neuropathy have a high rate of mutations in the SCN9A gene, coding for Nav1.7 voltage-gated sodium-channels. Peripheral nerve lymphoma (NL) is a multifocal painful neuropathy that causes endoneurial inflammatory demyelination: primary NL is less severe than secondary NL, which occurs after remission, suggesting that nerve may be considered a “safe lymphoma haven”.
Biotin in progressive forms of MS and daclizumab in relapsing-remitting forms appear to be promising treatments. In case of failure of current first-line and/or second-line therapeutics, alemtuzumab may be an interesting alternative treatment. Teriflunomide, dimethyl fumarate and fingolimod are oral treatments with confirmed efficacy and acceptable safety. Besides vitamin D insufficiency and smoking, which are confirmed risk factors for the disease, testosterone insufficiency (in males) and obesity are emerging risk factors, which could also be corrected.
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Sibon et al. American Academy of Neurology, Washington, 18–25 avril 2015. Rev Neurol 2015.
Pára tudo.
Essa eu vi hoje, em várias homepages das principais do país. Foi notícia em tudo quanto foi lugar.
Eu, curiosa, fui atrás… E confesso que fiquei “incomodada”…
Como assim? Então pediram para o paciente cantar durante a retirada de um tumor cerebral presumivelmente no hemisfério esquerdo (pela posição do paciente na foto e vídeos postados)…? Para verificar se não seria atingida a área da fala (linguagem)?
Caros neuro-nautas…: Tá certo isso?! Ou tem algum possível furo nesta conduta dos colegas catarinenses?
Leiam abaixo. Vários papers com acesso livre (artigo completo).
Interessante para sabermos que uma parcela de pacientes afásicos motores podem, sim, cantar perfeitamente. Essa é, inclusive, uma estratégia realizada em terapias de reabilitação de afásicos.
Então a pergunta que não quer calar é: Pode-se fazer um mapeamento cerebral intraoperatório durante uma cirurgia do tipo “awake-neurosurgery” pedindo-se para o paciente cantar?
Divirtam-se. Muitos papers sobre o tema.
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A Síndrome das Pernas Irriquietas não é o usual do atendimento ambulatorial neurológico, mas acredito que provavelmente porque não interrogamos todos os pacientes sobre esta queixa esquisitinha da “sensação estranha” nas pernas.
Doença certamente subdiagnosticada, na SPI, os pacientes quase nunca sabem explicar a sensação que apresentam, e os companheiros, que percebem a inquietação na cama à noite, ao dormir, ou durante a atividade social do indivíduo, também não ficam arrastando seus cônjuges para os consultórios neurológicos por causa destes sintomas ridículos!!!!
Ah, não consegue ficar sentada num restaurante, ou num cinema, por 2 horas? Dá uma “agonia” nas pernas??? Vontade de levantar? Sintominha bizarro, não?! Quem vai de rotina até um médico por causa disso? Muita gente não vai.
E ficam anos e anos com a doença, aguentando, até um certo dia alguém falar no negócio e a pessoa se tocar…
Como parente de primeiro grau de portadores da doença (minha mãe e minha irmã foram premiadas com a SPI), sou obrigada a ler o consenso para poder aplicar dentro de casa!!!! Senão vou levar bronca!
Sempre em casos de insônia, é preciso interrogar sobre os sintomas característicos de pernas irriquietas, sobretudo em mulheres e quando há história familiar de outros distúrbios do sono.
SPI: É bom sempre lembrar, e perguntar.
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Por Maramelia Miranda
Além da diretriz recentemente publicada, sobre fase aguda da migrânea, enumero publicações interessantes, retiradas dos artigos mais lidos da Cephalalgia, consulta obrigatória para a queixa número um no consultório de neurologistas, no mundo todo: cefaleia.
Especificamente em relação à enxaqueca ou migrânea, além do artigo-diretriz, no tratamento de fase aguda, tem outros de revisão, sobre antiepilépticos e demais drogas na profilaxiadas crises.
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Weatherall M. The diagnosis and treatment of chronic migraine. Cephalalgia 2015.
Publicado ontem, 20 de abril, no congresso da Academia Americana de Neurologia (American Academy of Neurology), em Washington.
Pontos principais do documento
— Aguardem…
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