As ambulâncias com TC portátil, pensadas para o atendimento de vítimas de AVC, ao instituir rapidamente a terapia trombolítica, começaram a ser testadas na Alemanha em 2011. Depois, o grupo de Cleveland começou a estudar também esta solução, com a intenção de reduzir o tempo de início dos sintomas para a administração de rTPA em pacientes elegíveis para este tratamento. Apresentações de ambos os grupos, dos seus dados iniciais, feitas nos congressos, mostraram uma expressiva diminuição dos tempos porta agulha. A lógica é que isso poderia traduzir-se em melhor desfecho clínico aos pacientes…
O grupo alemão, agora, publica os resultados a longo prazo do uso dos chamados veículos STEMO (Specialised CT-equipped mobile stroke treatment units).
O artigo, publicado na Lancet Neurology, mostrou que os desfechos clínicos em 3 meses após o AVC foi similar no grupo tratado com uso dos veículos STEMO, comparando-se a terapia convencional feita no hospital – detalhe – com os pacientes levados em sistema pré-hospitalar normal na cidade de Berlim, para a Universidade de Berlim (Charité Campus Benjamin Franklin). O desfecho primário medido foi Rankin modificado de 0 ou 1.
Resultados.
n=305 pacientes que usaram o STEMO; n= 353 no grupo de terapia normal. Não houve diferenças no desfecho primário medido: 53% dos casos que usaram STEMO vs 47% no grupo hospitalar tiveram mRS de 0 ou 1 (p=0,14).
Conclusão
Não houve diferenças… Que tristeza. Terá sido porque em Berlim eles trombolisam muito muito rápido os casos hospitalares? Por que será este achado???
Veja o que os autores escrevem no Abstract:
“We found no signifi cant diff erence between the proportion of patients with a mRS score of 1 or lower receiving STEMO care compared with conventional care. However, our results suggest that pre-hospital start of intravenous thrombolysis might lead to improved functional outcome in patients. This evidence requires substantiation in future large-scale trials. “
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