AVCi ou AIT em jovens no século 21

Por Maramélia Miranda

Esqueçam aquela velha premissa de que um AVCi em paciente jovem acaba quase sempre como causa criptogênica ou indeterminada. Isso era a regra antigamente, foi assim como aprendemos há uns 10-20 anos atrás. Coisa do passado!!! 

A moderna Neurologia contempla a necessidade de uma investigação neurovascular extensa e detalhada de um caso de AVCi ou AIT nos jovens. Costumamos falar sempre nos “rounds” e nas visitas clínicas à beira-leito: nos jovens, sempre considerar as duas principais causas, FOP e dissecções, e pensar, de caso a caso, em outras etiologias. Obviamente, a prática no serviço público nem sempre nos deixa fazer o que realmente queremos. Faltam algumas ferramentas diagnósticas, sobretudo neuroimagem mais avançada ou laboratório mais detalhado. Na prática privada, onde se pode fazer a maior parte dos exames, é primordial insistir na busca da causa do evento!

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Na JAMA Neurology do início de 2013, um artigo do grupo da Neurologia Vascular do MGH (Harvard) publicou uma análise do banco de dados do serviço quanto à ocorrência de AVCi em jovens.

Ji et al. Ischemic Stroke and Transient Ischemic Attack in Young Adults: Risk Factors, Diagnostic Yield, Neuroimaging, and Thrombolysis. JAMA Neurology 2013.

Ji e colaboradores, tendo como autor senior o Dr. Aneesh Singhal, descrevem a série de 215 casos de AVCi ou AIT em pacientes com 18 a 45 anos, detalhando a investigação realizada (quais exames foram ou não foram feitos), achados clínicos, cardiológicos, laboratoriais, neurorradiológicos e descrição de etiologias definidas e tratamentos realizados. Alguns pontos-chave do artigo para destaque:

>> FOP (35%) e dissecções (13,5%), campeões de etiologias;

>> Outras causas bem menos frequentes (cada uma < 5% do total de casos); destaque para trombofilias (2,8%), miocardiopatia (4,7%), valvulopatias (3,3%), vasoconstricção reversível (5,1%), Moya-Moya (3,3%)…

>> Subclassificação dos casos com FOPs em FOP isolado, FOP-plus (FOP + condição predisponente para trombose/embolia paradoxal) e FOP/ASA (aneurisma de septo associado);

>> 38% dos jovens estudados com dislipidemia, 34% tabagistas; 

>> predição diagnóstica (porcentagem de exames positivos) muito baixa para exames de Holter (1%), painel de vasculites (5%) e exames toxicológicos (<5%); para pesquisa de trombofilias (16%) um pouco maior;

>> exames como arteriografia, imagem (CT ou RM) e ecocardiograma tiveram grande valor diagnóstico, constatando anormalidades em 64, 90 e 51% dos casos, respectivamente;

>> Apenas 9% dos jovens com AVC terminam a investigação como criptogênicos… 🙂 conseguem a etiologia em 91% dos casos jovens.

O artigo está livre para acesso no site da revista, e vale muito a leitura para saber o que este importante centro faz de prático, com seus casos de jovens com AVC. LINK EM AZUL ACIMA OU AQUI. 

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MGH: 91% de acerto diagnóstico nos AVCs em jovens.

Novo guideline: Manejo do infarto cerebral e cerebelar em 2014

Por Maramelia Miranda e Irapuá Ricarte

Será que tivemos uma premonição nos nossos últimos posts? Ou foi uma pequena bruxariazinha nossa? 🙂 Eu juro que não sabia que estava vindo este guideline…

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Na semana passada, exatamente, no dia 30 de janeiro, a revista Stroke publicou ASAP online um novo guideline da AHA/ASA, sobre o manejo de infartos cerebrais e cerebelares com swelling

Alguém ainda tem dúvidas??? Leiam o documento. Aproveito o gancho do tema para divulgar a final da nossa enquete, sobre o infarto cerebelar… Vejam abaixo que 74% do total de 86 respondedores da pesquisa indicaram DVE e descompressiva. 17% fariam apenas DVE, e depois, dependendo do caso, descompressão. Os outros itens ganharam alguns votos. Obrigada a todos que responderam!!!! Este ano faremos mais enquetes!

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No começo de fevereiro, a Neurosurgery também publicou uma pequena revisão sobre o tema, na ótica dos colegas neurocirurgiões. Link abaixo – texto online FREE :). 

Atualização 24fev14::: A revista Stroke, agora no dia 20 último publicou um Illustrative Teaching Case, relatando um caso idêntico ao do nosso post-enquete. Boa leitura a todos!

LINKS

Wijdicks et al. Recommendations for the Management of Cerebral and Cerebellar Infarction With Swelling. A Statement for Healthcare Professionals From the American Heart Association/American Stroke Association. Stroke 2014.

Agarwalla et al. Craniectomy in Acute Ischemic Stroke. Neurosurgery 2014.

Wright et al. Diagnosis and Management of Acute Cerebellar Infarction. Stroke 2014.

Infarto hemisférico cerebelar: O que fazer?

O paciente é um homem de 31 anos, com história de IAM e 2 stents coronarianos prévios que vinha usando aas e clopidogrel irregularmente. Teve um icto com alteração de marcha, náuseas e vômitos, chegou ao hospital sem uma história clara do início dos sintomas (acordou com as alterações) e, por causa disso, não foi trombolisado. Evoluiu com rebaixamento, coma, sendo entubado. Uma nova TC de crânio foi feita.

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Você é chamado para avaliar o caso na UTI. O doente está entubado, sedado, PA normal, pupilas mióticas, sem drogas vasoativas. Já se passaram umas 36 horas da chegada ao hospital.

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Vamos ver o que vai dar…

Dallas: AHA Scientific Sessions 2014

Por Maramelia Miranda

Destaque na área de Neurologia, do primeiro dia desta gigante conferência americana de Cardiologia: apresentação de um estudo chinês – Blood Pressure Reduction Among Acute Ischemic Stroke Patients – CATIS Trial, que avaliou a redução na fase aguda do AVC isquêmico, em uma população de 4071 pacientes admitidos com até 48 horas do AVCi.

PS. Não me perguntem o porque do CATIS… Não consegui “decifrar” este título mnemônico.

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Abstract do estudo: AQUI

Slide resumindo a apresentação e resultados: AQUI ou clicando na figura abaixo.

Jiang He e colaboradores testaram uma das questões mais controversas atualmente no tratamento do AVCi na fase aguda: aumentar ou não, reduzir ou não a pressão destes pacientes?

Resumo dos resultados. Fonte: Homepage da AHA
Slide com resumo dos resultados. Fonte: Homepage da AHA

Tentaram responder a questão sobre se a redução da pressão arterial nesta fase de cuidado aos pacientes com AVCi produziriam resultados e desfechos diferentes em 14 dias e 90 dias. A intervenção realizada no grupo ativo do trial foi reduzir a PA da admissão em cerca de 10-25% nas primeiras 24 horas (atenção: se os pacientes tivessem PAS > 140mmHg na entrada), e manter PA < 140-90mmHg na alta ou em 14 dias. O grupo controle era tratado com a retirada das medicações antihipertensivas prévias, ou não tratar a hipertensão arterial (o que costuma ser a prática nestes pacientes). Os desfechos medidos foram morte e dependência (mRS > 3) em 14 dias ou na alta hospitalar, e após 3 meses.

Resultados

Sem diferenças nos grupos de tratamento ativo e controle. Vejam o abstract. De nota, uma tendência não significativa de menores taxas de AVC recorrente no grupo tratado com redução da pressão (1,4% vs 2.2%, p=0,07). Doença vascular e mortalidade de qualquer causa oram quase iguais (p= 0,28 e p=0,20)…

Comentários

Os autores concluem assim no abstract: “this randomized trial indicates that antihypertensive treatment in patients with acute ischemic stroke within 48 hours of symptom onset does not reduce or increase death and major disability”. Não houve menção aos subtipos de AVCi da população estudada, em relação à etiologia, o que certamente deve ter influência em relação aos desfechos observados. Vamos esperar a publicação para ver se há alguma análise de subgrupos em relação à etiologia do AVCi e outras características que podem influenciar estes dados. E podem também esperar os puristas de plantão comentando sobre ser o estudo não válido para considerar em pacientes ocidentais, por “ser uma população chinesa, bla, bla, bla…”

Minhas perguntas são: primeiro, qual a percentagem de doença de pequenas artérias desta população? E de atero / estenoses intracranianas(lembrem-se, são mais de 4000 chineses)!!!!????? E de doentes com atero de grandes artérias? E com oclusão arterial???? Segundo, quer dizer que, se é seguro reduzir a pressão no AVCi agudo, e parece haver uma menor taxa de eventos CV, sobretudo AVC recorrente… Por que não tratar?

Controverso…

Manual de Rotinas para Atenção ao AVC

Por Maramelia Miranda

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Para os profissionais da rede pública, para as UBSs, para os hospitais públicos, para as UPAs, para os hospitais privados que já possuem protocolos de AVC e para os que ainda não tem! Para os neurologistas em suas consultas diárias, para os enfermeiros e enfermeiras na atenção básica e intrahospitalar. Para os fisioterapeutas, TOs, técnicos e auxiliares de enfermagem. Para os gestores!!!!

Para quem quer saber mais, ver escalas, fluxogramas, algoritmos de atendimento.

Está tudo escrito, detalhadinho, neste manual desenvolvido pelo Ministério da Saúde, sob a coordenação da Dra. Sheila Martins e com o auxílio de expertises na área. Edição novíssima, de 2013. Para baixar o Manual, CLIQUE AQUI ou na figura acima (capa do Manual). ARQUIVO EM PDF.

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Conhecimento é sempre bom.

Highlights do congresso AVC 2013

Por Maramelia Miranda

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Mesas redondas com discussões de alto nível, debates palpitantes nas sessões de controvérsias, temas livres com o que há de melhor em pesquisa e epidemiologia do AVC no Brasil. O congresso da Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares deste ano, o AVC 2013, é um sucesso!

No primeiro dia do evento, foi realizada pelo Departamento Científico de Neurossonologia da Academia Brasileira de Neurologia (ABN) a segunda Certificação em Neurossonologia, título concedido pela ABN e World Federation of Neurology (WFN). Parabéns aos novos colegas neurossonologistas – agora CERTIFICADOS!!!!

As seções de controvérsias lotaram as salas do Centro de Eventos do Ceará (CEC), com debatedores em verdadeiros duelos, a favor ou contra temas quentíssimos da Neurologia Vascular, como trombólise fora ou dentro de protocolos, Stent ou endarterectomia em doença carotídea, dar ou não dar novos antocoagulantes, tratar doença intracraniana com stenting ou tratamento clínico, fechar ou não fechar FOP no AVCi criptogênico, anticoagular ou não as dissecções arteriais cervicais. As votações em tempo real, ao final de cada “duelo”, eram ansiosamente esperadas, e divulgavam os vencedores dos duelos.

O local do evento, o novíssimo Centro de Eventos do Ceará (CEC), impressionou a todos pela sua imponente estrutura, bem preparada para abrigar grandiosos eventos médicos. Um dos convidados internacionais me perguntou: “Podemos ter 2 meetings da Stroke Conference aqui, não?! Facilmente!!!!! Parece New Orleans, San Diego”. Parece mesmo.

Entre os convidados internacionais, aulas maravilhosas sobre Neuroimagem no AVC, com Javier Romero (EUA), tudo sobre Doppler transcraniano e tratamento do AVCi agudo, com Carlos Molina (ESP), Pablo Lavados (CHI) e Raul Nogueira (EUA-BRA), reabilitação do AVC, com Peter Langhorne (UK).

Um destaque especial foi todo o carisma e gentileza demonstrados pelo Prof. Louis Caplan (EUA), bastante assediado por todos, que além de suas palestras e participação especial na seção “Meet the Experts”, fez uma visita à Unidade de AVC do Hospital Geral de Fortaleza, passando visita conjunta, à beira-leito, com os residentes e colegas neurologistas presentes. Vejam abaixo os clicks deste registro único (cliquem nas imagens para ampliá-las).

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Preciso descrever as legendas!? Definidamente, não!

International Stroke Conference: San Diego 2014

Atenção colegas!!!!

Inscrições abertas para o International Stroke Conference – em San Diego, de 12 a 14 de fevereiro de 2014.

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O local, lindo. Califórnia, costa oeste, La Jolla… Não vou nem comentar muito… O congresso então, impecável como sempre, de alto nível. Real science!

E este ano, ainda tem algum evento? O que mais queremos?

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Além disso, só Fortaleza na próxima semana, no Congresso Brasileiro de Doenças Cerebrovasculares 2013! Para quem ainda não se programou a Fortaleza, aproveitem logo, usando aquelas milhas aéreas encalhadas no seu cartão de crédito… Que estão prestes a vencer no final do ano :))) — e programem logo seus vôos e estadia no site do evento.

E depois, acabou o ano?

Não!!!! Ainda tem o Congresso Internacional de Atualização em Neurociências Einstein – Cleveland Clinic… Nos dias 22 e 23 de novembro, na cidade de São Paulo.

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Convulsões na HSA: Profilaxia polêmica

Por Maramelia Miranda

A pergunta é: quando prescrever, ou devemos prescrever? Anticonvulsivantes profiláticos?… Na fase aguda de um paciente com Hemorragia Subaracnoidea – HSA por ruptura de aneurisma cerebral?

Vejamos o que dizem recentes recomendações sobre este assunto (todos os links abaixo — com artigos livres/free na Internet):

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Neurocritical Care Society (diretriz publicada em 2011):

“O uso rotineiro de profilaxia anticonvulsivante com fenitoína não é recomendado após uma HSA (low quality evidence; strong recommendation).

O uso rotineiro de outros agentes profiláticos anticonvulsivantes pode ser considerado (very low quality evidence; weak recommendation).

Se a terapia anticonvulsivante profilática é usada, um período curto (3-7 dias) desta terapia é recomendado (low quality evidence; weak recommendation).

Em pacientes que apresentam convulsões após HSA, os anticonvulsivantes devem ser continuados por período conforme a prática clínica local (low quality evidence; weak recommendation).

EEG contínuo pode ser considerado em casos de HSA de alto grau, quando estes não melhoram, e em casos que apresentam deterioração neurológica de etiologia incerta (low quality evidence; strong recommendation).”

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American Stroke Association (diretriz publicada em 2012):

“O uso profilático de anticonvulsivantes pode ser considerado no período imediato pós-hemorragia (Class IIb; level of evidence B).

O uso rotineiro a longo-prazo de anticonvulsivantes não é recomendado (Class III; level of evidence B), mas pode ser considerado para pacientes com fatores de risco conhecidos para convulsões mais tardias, como convulsões no início do evento, hematomas intracranianos, hipertensão intratável, infartos cerebrais ou aneurismas da artéria cerebral média (Class IIb; level of evidence B).”

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Finalmente, para o desempate (em homenagem ao dia de hoje, voto de Celso de Mello no STF…), a sociedade europeia – European Stroke Organization / ESO – publicou este ano seu documento, e diz o seguinte sobre crises convulsivas na HSA:

“O tratamento anticonvulsivante deve ser administrado em pacientes com convulsões clinicamente aparentes (GCP – good clinical practice).

Não há evidências que suportem o uso profilático de drogas antiepilépticas (Class IV, Level C).”

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 Convulsões na HSA: Polêmica entre americanos x americanos x europeus.

 

 

RoPE score: Predição de AVCi relacionado ao Forame Oval Patente

Por Maramélia Miranda

Você atende um paciente com AVCi ou AIT, pesquisa, revira, vira, procura, e não acha nada, mas tem um Forame Oval Patente… Achado de exames ou culpado do evento????

Kent e colaboradores publicaram em recente edição da Neurology tentando responder esta pergunta. Estudaram e montaram uma proposta de escore para auxiliar na estratificação de risco de que um AVCi criptogênico tenha ou não relação com o achado de um Forame Oval Patente (FOP), o que sabemos, é condição bastante prevalente (cerca de 25%) na população adulta normal. 

Para isso, usaram modelos de estratificação de fatores de risco associados de pacientes incluídos em 12 estudos clínicos de FOP e AVCi. Na elaboração do escore RoPERisk of Paradoxical Embolism – encontraram que as variáveis de idade (mais jovens), aspecto neurorradiológico das lesões isquêmicas (imagens de AVCi corticais / embolia distal) e ausência de fatores de risco classicamente associados a outras etiologias de AVCi, como diabetes, tabagismo, hipertensão e história de AIT ou AVCi prévio, foram as mais associadas a esta predição. O paciente mais jovem, sem nenhum dos fatores de risco cardio/cerebrovasculares acima, pontuará, portanto, o escore máximo de 10 pontos. Ao contrário, um idoso maior de 70 anos, hipertenso, diabético, fumante, com AVC ou AIT prévio e imagem não-embólica na neuroimagem pontuará zero, e neste caso o achado de FOP seria meramente um achado / FOP incidental.

Assim, o escore RoPE é composto por estes itens, pontuados conforme abaixo:

RoPE Score

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Os autores encontraram a prevalência de 23% de FOP nos pacientes com 0 a 3 pontos, versus 73% dos casos com escores de 9 ou 10.

Um aspecto interessante do estudo foi o encontro de baixas taxas de recorrência de AVC ou AIT em 2 anos (cerca de 2%) no grupo com alta probabilidade de embolia paradoxal relacionada ao FOP, quando comparadas com os pacientes com o escore RoPE baixo, ou seja, mais idosos e com histórico dos fatores de risco cerebrovasculares (cerca de 20%), falando a favor de que esta doença, o AVCi associado ao FOP, além de ter um comportamento instigante do ponto de vista de comorbidades associadas (migrânea, embolia paradoxal quase nunca comprovada por exames complementares), está associada a baixo risco de recorrência.

A pergunta que não quer calar, com este estudo, será: e como ficam as novas evidências de fechamento de FOP em casos selecionados, recentemente publicadas nos estudos prospectivos com AVCi criptogênico e AVCi, este ano????

Aqui, lembro-me bem de uma fala da nossa colega, Dra. Soraia Fábio, neurologista vascular da FMUSP-Ribeirão Preto, comentando há 2 meses sobre os estudos recentemente publicados com fechamento de FOP em AVCi, e relatando a sua experiência pessoal de baixíssima recorrência dos seus casos de FOP-AVCi, exatamente como demonstrado no estudo do projeto RoPE.

Depois volto comentando o PCI Trial e o Respect.

Figura mostrando o Forame Oval Patente (patent foramen ovale - em inglês).

Forame Oval Patente: Cuidado para não comprar gato (achado incidental) por lebre (FOP realmente culpado pelo AVCi)…

LINKS

Kent et al. An index to identify stroke-related vs incidental patent foramen ovale in cryptogenic stroke. Neurology 2013.

Messé & Kernan. Toward a better understanding of PFO and stroke risk. Neurology 2013 – Editorial.